Neblina ou fumaça? Descubra a diferença entre os fenômenos e como se proteger no clima seco.
- Gambiarras de Mestre
- 10 de set. de 2024
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Meteorologistas estimam que partículas provenientes de queimadas no Brasil cheguem à Argentina e ao Uruguai
Os céus de várias regiões do Brasil foram dominados por uma névoa densa que, à primeira vista, pode ser confundida com neblina típica das manhãs frias. No entanto, a origem desse fenômeno não está nas baixas temperaturas, mas nas queimadas que assolam a Amazônia e outras partes do país. Esse cenário tende a se agravar, com possibilidade da fumaça chegar até mesmo na Argentina e no Uruguai nos próximos dias, conforme alertam meteorologistas.
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Os estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso, além de parte da Bolívia, registaram o maior número de focos de incêndio em 19 anos. A nuvem de fumaça já cobre cerca de 50% do território brasileiro — o que representa quase 5 milhões de quilômetros quadrados.
Essa massa de ar carregada de fuligem e partículas de poluição, arrastada por ventos do norte e nordeste, segue em direção à região sul do Brasil e deve alcançar, até o final da semana, capitais como Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai.
O fenômeno pode se assemelhar à neblina, ainda mais em regiões onde frentes frias são comuns, mas diferem em dois aspectos: persistência e densidade. A neblina tradicional é formada pela condensação de vapor de água, que cria uma camada fina de gotículas no ar.
Já a fumaça das queimadas é composta por partículas finas de material queimado, que podem flutuar no ar por dias, a depender das condições meteorológicas. Enquanto a neblina se dissipa ao longo da manhã, a fumaça continua no ar, agrava problemas respiratórios, como asma e bronquite.
Mas como as fumaças do Brasil serão levadas para outros países?
As correntes de vento que normalmente transportam umidade do Atlântico para o interior do continente agora carregam partículas de fumaça. Essas correntes passam pela Amazônia e seguem em direção ao sul, onde encontram frentes frias, o que intensifica a presença da fumaça em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
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